Tuta
Tuta, a nossa convidada, é uma fotógrafa “frontal” que na sua página no Olhares afirma: “Dispenso visitas hipócritas na minha galeria, gente que diz que gosta do nosso trabalho e o que faz é votar pouco e por trás vem dizer que está maravilhoso”.

Olá Tuta, quem és tu?
(risos) Isso é uma pergunta um bocado difícil de responder, uma vez que eu própria às vezes desconheço algumas facetas minhas… mas sou uma pessoa direta, frontal, tenho os meus objetivos traçados, não desisto das minhas ideias… sou bastante persistente!
Como apareces na fotografia? Quais são os teus primeiros passos?
Comecei a fotografar quase há 3 anos, comecei porque já fazia alguns trabalhos como modelo e achava muito interessante sempre os resultados, e sempre tive curiosidade em saber como era o trabalho de quem está por trás da objectiva e resolvi experimentar…
Gostei… e claro, fui tentando aprender mais sobre fotografia…
Como tem sido o teu percurso?
Tranquilo, faço da fotografia um hobby, fotografo quando posso, quando tenho tempo, e quando tenho alguma coisa em mente, alguma ideia já preparada… felizmente não o faço como trabalho, se calhar, se fizesse por trabalho não teria tanto interesse como tem agora… No futuro logo se vê.
Tens encontrado dificuldades?
A que nível?
Dificuldades a nível da fotografia foram mais no início, por parte das pessoas (com a sua razão) uma vez que o trabalho que gosto de fazer envolve nus, sensualidade e claro nem todas as pessoas estão dispostas a despir-se perante uma pessoa desconhecida e sem sequer conhecer o trabalho da mesma… sim, porque afinal no início não existe um portfólio para mostrar… mas com o tempo fui ganhando a confiança e reconhecimento por parte de algumas pessoas, inclusive daquelas que continuaram a “despir-se’’ para a minha objetiva…
E o que é que te anima? Que te faz pensar “vale a pena continuar”?
Acredito que seja mesmo o gosto pela fotografia, a vontade de olhar para alguém e conseguir captar, gestos, olhares, momentos… tudo isso é bastante satisfatório pelo menos para mim… todos têm a sua beleza, e mostrar isso, para quem está a fotografar, nem sempre é fácil. Quando se consegue ter alguém completamente à vontade e disposto a dar o seu melhor, é muito gratificante.

Certamente muito ficará por dizer… mas deixamos-te agora um pouco de espaço para, em discurso direto, nos falares um pouco mais de ti e nos mostrares um pouco mais do teu trabalho.
Acho que não tenho muito mais para acrescentar sobre mim… pessoalmente…
Quanto à fotografia, pretendo continuar a fotografar dentro daquilo que gosto de fazer, tentar alargar mais os conhecimentos que fui adquirindo até hoje, aprender com todos, com novas experiências, desafios, erros… enfim, passando tudo isso sempre por aquilo que gosto imenso de fazer… que é olhar para uma fotografia e sentir algo, ter alguma reação…
Quando estiver a fotografar e não estiver a ter nenhum tipo de emoção é porque provavelmente estarei a desviar-me do meu caminho! (risos)
Obrigado Tuta, pelo teu tempo.
Voltemos ao teu trabalho. Que temas te atraem?
Nu sensual, retratos, fotojornalismo, moda.
Quem te inspira?
Não me sinto inspirada por ninguém em concreto, mas há sim muitos trabalhos, muitas fotografias que eu vejo e muitas vezes mesmo sem saber quem as tirou, deixam-me encantada.
Depois também tem as pessoas que me incentivaram a começar, também fotógrafos, de quem admiro muito os trabalhos.

Há alguém que gostasses de fotografar?
Onde?
Assim de repente, não me vem nada à cabeça…
Enquanto fotógrafa, que convite gostarias de ter?
Se calhar, fotografar para revistas que exponham trabalhos mais dentro dos nus sensuais, ou até uma viajem ao desconhecido à procura de ‘’momentos’’ já dentro de fotojornalismo…
Estas são as tuas primeira e última foto no Olhares, à data desta entrevista. Que mudou em ti neste espaço de tempo?
(risos) As primeiras são sem dúvida as que sempre irei olhar para elas com um carinho e saudades enormes… o que mudou… Tanta coisa… para já, fotografar animais e paisagens não era de certeza o caminho que queria seguir, aprendi muita coisa (ainda tenho muito mais para aprender) e mesmo entre as que foram ficando pelo meio, sinto que mesmo a nível de pós produção melhorei, a maneira de olhar para a foto e para as pessoas nunca mais foi a mesma…
Como te defines enquanto fotógrafa?
Como fotografa, sou alguém que aprecia a beleza de cada gesto, de cada olhar, o encanto dos momentos, o modo como as pessoas podem ser tão diferentes perante as objetivas, como reagem, como se soltam, como se sentem bonitas e sensuais… é muito interessante olhar para esse universo todo… Tem também o lado de fotojornalismo que me agrada muito, que passa por captar momentos cheios de “coisas’’ para dizer…
De modelo, passaste para o outro lado da câmara… Continuas a fazer trabalhos como modelo?
(risos) Faço alguns com alguns amigos meus. Também não é algo que faça profissionalmente, por isso há sempre prazer quando o faço com amigos e sempre me divirto. Já passei pelo mundo da moda, como modelo profissional e não consegui adaptar-me a determinadas regras e imposições do meio… o melhor mesmo é fazer por prazer.












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