Noa

Este mês temos connosco Noa, the violin player. Quem é a Noa?
A Noa é a personalidade artística da Lia.
É o meu rosto sempre que toco, que canto ou que me expresso artisticamente.

E a Lia, quem é?
A Lia é verdade vivida e sentida da Noa.
A Noa apoia-se nas vivências pessoais da Lia e utiliza-as na sua produção artística porém não de uma forma autobiográfica, no caso da escrita. A Lia sente, a Noa diz.

Quando te abordamos conhecíamos a violinista, descobrimos a vertente Prosa Poética, a professora e ainda uma mulher preocupada com as pessoas socialmente mais carentes e ligada a um projecto solidário.
Podes falar-nos um pouco sobre esta multiplicidade?

Todos nós somos autênticos caleidoscópios.
Ora estamos no contexto familiar ou profissional ou social. O denominador comum é sempre a mesma pessoa por isso é normal que haja uma continuidade em cada uma dessas perspectivas. No meu caso,
acho que o que é transversal é o gosto por “transmitir”, “dar”, “tocar”a outra pessoa.

Tens algum ritual antes de iniciar um espectáculo? Qual é para ti o momento mais importante?
Sim, gosto muito de estar sozinha e visualizar o que vai acontecer com tempo e com calma.

Pelo que conseguimos saber de ti frequentaste o Curso de violino na Academia de Música de Vilar do Paraíso e uma Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras do Porto. Há um grande investimento teu na tua formação e há um investimento do país. Fazes parte de uma geração para quem acabaram as facilidades e para quem o simples facto de concluir um curso já não significa trabalho e capacidade de subsistência. Como vês o actual contexto político social? Achas que o teu investimento pessoal valeu a pena?
O interesse dos meus pais sempre foi proporcionarem-me armas para que eu conseguisse alcançar o que quisesse e também para que soubesse lidar com as adversidades da vida sem desistir. Esta é a minha herança e é isto que vou estar eternamente grata aos meus pais e à minha família. No meu ponto de vista, mais do que a perspectiva de um emprego seguro, um curso superior activa botões, desenvolve hipóteses e prepara o aluno para o saber-fazer. Esta mudança de chip a nível político e social desenvolveu a ideia de que as pessoas valem pelo que fazem com o que aprenderam, não pela reprodução sistemática daquilo que aprenderam. Esta estratégia obriga o aluno a descobrir novos caminhos. É também o que ambiciono para mim. O meu investimento na formação não terminará no final
de um curso. Acho que vou ser uma eterna estudante. E isso vale sempre a pena.

Descobrimos-te na capa da Maxmen (Maio de 2011) num registo mais sensual e vimos-te ser entrevistada no 5 para a Meia Noite também num registo em que a tua sensualidade era realçada. É difícil uma mulher bonita ser levada a sério só pelo seu valor? É importante estar preparada para “encarar” abordagens mais interessadas no “invólucro”?
À medida que o tempo passa, sinto cada vez menos. Mas ainda me surpreendem de vez em quando e quando assim é, não ligo. Aceito, desculpo e mais nada.

Lemos algures que no “Brincadeira Séria”, um espectáculo de apoio à Sociedade Protectora dos Animais, te apresentaste em cada momento, elegantemente, usando um vestido diferente. A aparência é evidentemente importante … como gostas que te vejam?
Nesse caso particular, fui vestida e a minha aparência não foi trabalhada por mim.
De resto, gosto que me sintam como sou!
Visto-me de uma forma muito prática porque o sou. Mas sei que há uma evolução e uma atenção especiais nomeadamente no que respeita à saúde e à qualidade de vida.

Há algum momento mais marcante na tua carreira como violinista?
Podemos conhecê-lo?
Quando toco, muitas vezes perco a noção do tempo e do espaço e envolvo-me de tal forma com a dinâmica da música que uma vez, no final do concerto, uma mulher me disse: A Noa parecia que estava
a fazer amor com o violino! E de facto, de certa forma, estava.

E em termos pessoais?
A minha realização pessoal passa por realizar estes sonhos profissionais com saúde e com a minha família ao meu lado.

Que fazes nos teus tempos livres?
Viajo, estou com a minha família, namoro e mimo-me.

Antes do nosso contacto já conhecias a Amol Magazine? Tiveste dúvidas em aceitar o nosso convite?
Gostei do que descobri da revista. O ponto de partida da revista teve muito impacto em mim e criei empatia imediatamente.

Que te parece o projecto Amol Magazine?
Excelente e espero poder contribuir para a sua divulgação.

Foi difícil trabalhar connosco?
Rigorosamente nada. Os profissionais com quem trabalhei deixaram-me completamente à vontade e os seus trabalhos estão reflectidos nesta produção, por isso o sucesso deles também é o meu. Obrigada a eles.

Cor?
Branco

Animal?
Cão

Prato?
Sushi

Carro?
Neste momento?
Um que funcione

Sobremesa?
Fruta

Mulher?
As da minha família

Bebida?
Baileys ou gin tonico

Homem?
Sr. Emanuel Bettencourt

Música?
A que me toque

Sexo?
70% da relação

Fotografia | Photography

Pedro Cabral

MUA

Marta Moreira

Modelo | Model

Noa