Tânia Falcão
Tânia Falcão, enfermeira e modelo, 22 anos, residente no Montijo, empresta a sua beleza à nossa capa de Fevereiro. Vamos conhecê-la um pouco melhor.
Tânia, quem és tu?
Sou uma pessoa bastante humilde, sempre com vontade de ajudar os outros. Mas também consigo ter um feitiozinho muito mauzinho. Às vezes sou muito teimosa e, quando meto alguma ideia na cabeça, não descanso enquanto não a concretizo. Também sou simpática… (risos)
Como é que a fotografia e a moda aparecem na tua vida?
Desde pequenina que a minha mãe me levava para concursos de beleza e para desfiles, portanto sempre tive o “bichinho” da moda. A minha mãe também já foi candidata a um concurso de beleza, tendo ficado em 2º lugar… por isso acho que já é de família.
Comecei também a fotografar a partir das agências de modelos e, posteriormente, com fotógrafos diversos, foi aí que percebi que adoro fotografia.
Costuma dizer-se que “filho de peixe sabe nadar”… parece que podemos transpor a situação para o teu caso e a tua mãe. É?
Sim… espero, quando tiver a idade dela, estar tão bonita quanto ela… Ela é o meu modelo, revejo-me nela.
Então tens todo o apoio familiar nesse sonho de estar na moda?
A minha família apoia-me em tudo o que preciso.
Afinal, sem eles, não seria nada do que sou hoje. No que diz respeito à moda, eles também me apoiam, mas vão me sempre alertando para os “perigos” que ela envolve…
Também não posso esquecer o Miguel e o apoio constante que me dá.
Que perigos vês na moda?
Para já, existe uma grande competitividade, obrigando-nos a tentar estar sempre no nosso melhor e conduzindo-nos, por vezes, a decisões tontas, como as dietas “malucas”… o que no meu caso não me parece que aconteça, porque adoro um belo prato de comida. Depois, existem sempre pessoas que nos prometem mundos e fundos e depois são aldrabices.
Finalmente, as pessoas que não aceitam que sejamos modelos, impedindo-nos, por exemplo, de arranjar um bom emprego… porque, como somos modelos e estamos um pouco mais expostas, não podemos trabalhar em determinados locais… mas espero que essa mentalidade já não seja assim tão frequente.
Falando de emprego, terminaste o teu curso: és enfermeira. Que expectativas?
Arranjar emprego (risos)… E o que mais quero é conseguir ter um salário que me permita ajudar a minha família, ao invés de serem eles a ajudar-me sempre a mim…
Tens consciência de que a tua entrada num hospital pode provocar uma subida da necessidade de cuidados de enfermagem?
Ou seja, deixo de ter tempo para a moda, é
essa a pergunta?
Não, a tua beleza vai fazer com que mais pessoas peçam os teus cuidados…
(risos) Não me considero assim tão bonita.
Espero que as pessoas solicitem os meus cuidados pela minha qualidade enquanto profissional e não pelo rosto que veem.

Finalmente a pergunta “sacramental”. Foi difícil trabalhar connosco?
Ui, nem sei… (risos) foi muito fácil, mesmo. Desde o inicio que sempre foram muito recetivos e simpáticos, apoiaram-me no necessário, ouviram até as minhas ideias, portanto não poderia ter sido melhor. Espero é que também tenham gostado de trabalhar comigo, apesar de não ter estado nos meus melhores dias, por estar gripada.
Tânia, mesmo gripada e com uma longa viagem em cima, foi um prazer trabalhar contigo.
O prazer foi todo meu
As maiores felicidades.
Para vocês também.

Ok, voltemos à nossa entrevista… o que significa para ti, aos 22 anos, teres terminado o curso de enfermagem e estar à espera do 1º emprego?
Para já, sinto-me um pouco triste porque era suposto acabar o curso superior com 21 anos, mas, como mudei de curso, tive que o acabar com 22. Depois, sinto-me aliviada por ter terminado uma etapa da minha vida, após um grande esforço. Sinto-me também um pouco assustada, porque não sei bem o que me espera… Estou ansiosa por ter um emprego, mas ao mesmo tempo tenho medo de cometer alguns erros, porque, pela primeira vez, não irei ter alguém a supervisionar-me.
Mas penso que estes são os receios de qualquer recém-licenciado em enfermagem…
E achas que vais conseguir conciliar a moda e a fotografia com a tua nova vida profissional? Há tempo para tudo?
Espero que sim.. Sempre consegui conciliar várias coisas ao mesmo tempo ao longo da minha vida. Espero que continue a ser assim…
Para além do trabalho, como ocupas os teus tempos livres?
Quais tempos livres?! Quase nem os tenho! Bem, na altura em que sair a revista, já os devo ter, portanto vou pensar um pouco. Antes de mais, dou bastante do meu tempo à nossa tuna, a TESESJD. Tendo em conta que, por enquanto, sou a pandeireta oficial, tenho que orientar bastantes ensaios, o que me faz despender imenso tempo. Depois, faço várias ações de voluntariado, como colaborar no armazém do Banco Alimentar, na Cruz Vermelha… espero também conseguir regressar aos Escuteiros, que são um grande movimento que nos ensina grandes ideais de vida. Também gosto de passear com o namorado, ver uns filmes, estar com os meus animais, etc..
Estou a ver-te super ocupada. Deixa-me colocar-te outra questão: fotografar? Trabalho ou prazer?
Prazer, sem duvida. Mas se ganhar uns trocos com isso, melhor ainda! Junta-se o útil ao agradável.
O que é que te agrada quando fotografas?
Nem sei bem, nunca pensei nisso… Sinto-me bem a fotografar, mas nunca pensei bem porquê.
Que propostas gostarias de ver bater-te à porta, relacionadas com o mundo da moda/fotografia?
Gosto de ser capa de revista! (risos) Agora a sério, gostava muito de fazer anúncios publicitários que passassem na TV, outdoors e fotografar para catálogos de moda e revistas, especialmente se estiverem relacionados com vestidos de noiva.
Penthouse? Aceitavas?
Não sei… depende da proposta. Mas tinha que ser realmente boa para aceitar (risos).
Amol Magazine… que achas da nossa revista?
Acho uma revista excelente porque na sua base tem grandes ideais. O facto de publicarem o trabalho de fotógrafos e modelos sem existir uma moeda de troca é muito nobre. E conseguem sempre manter um grande nível de qualidade nos trabalhos que publicam.
Estamos quase a terminar a nossa entrevista contigo.
Já? Mas ainda agora começámos.
Diz-nos três objetivos que esperes concretizar num futuro próximo.
Bem, as máximas por que me sigo são estas: conseguir ser feliz, conseguir fazer os outros felizes, contribuir para melhorar um pouco o nosso Mundo.











Fotografia | Photography
Pedro Cabral
Modelo | Model
Tânia Falcão
Maquilhagem | Make Up
Marta Moreira